Uma das primeiras gestões do Presidente dos EEUU, Joe Biden, para, principalmente, corrigir os erros de Donald Trump, no trato com o meio ambiente , foi a convocação das maiores economias do mundo, para participar da Cúpula de Líderes para o Clima, com a finalidade de discutir o enfrentamento da crise climática que afeta o globo.
Na abertura da Cúpula, o Presidente do Brasil, leu um discurso conciliador e preocupado com a política climática, e, dentre as várias promessas, destacou a de zerar a emissão de efeito estufa, até 2050, apresentando metas ambiciosas, em tom construtivo, que foi bem recebido pelos EEUU, segundo a mídia.
Bolsonaro precisa fazer profundas mudanças, porque o seu discurso não dialoga com a prática de seu governo, que iniciou dando as costas à comunidade científica, quando exonerou sumariamente o Diretor do INPE, Ricardo Galvão, porque não acreditava nos dados apresentados pelo órgão, dos índices do desmatamento no Brasil. Ele queria que o INPE forjasse os índices que ele acredita como reais.
O Capitão, para resgatar a credibilidade do Brasil, perante o mundo, nas questões ambientais, precisa urgentemente demitir o seu antiministro Ricardo Salles, que se notabilizou pela frase “deixa a boiada passar” e mais recentemente, provocou a exoneração do Superintendente da PF , que pediu ao governo para investigar os seus acordos implícitos e explícitos, com as milícias do desmatamento ambiental. ( as notícias dizem isto).
E, às vésperas da Cúpula, Salles, bate boca com a jovem cantora Anitta, porque esta em reunião com artistas e parlamentares ligados à causa ambiental, mostraram o desserviço do antiministro.
Torcemos para que se cumpra o prometido no discurso de Bolsonaro, mas, por cautela, prefiro usar aqui a tradução de máxima italiana que nos foi trazida hoje pelo cientista Ricardo Galvão, de que: “ENTRE FALAR E FAZER TEM O MAR NO MEIO”.
Antônio Rogério Magri é um ex-sindicalista brasileiro. Foi ministro do Trabalho durante o governo Fernando Collor de Mello.