Os trabalhadores da Sanepar enfrentam mais um duro golpe com a notícia de que o governo Ratinho Junior está finalizando um projeto de privatização da companhia, pronto para ser enviado à Assembleia Legislativa do Paraná. Sem qualquer debate ou transparência, a intenção é aprovar o projeto às pressas, ignorando as consequências devastadoras para os empregados e para a população paranaense.
A privatização seria mais um episódio vergonhoso na gestão de Ratinho Junior, que já entregou a Copel Telecom, a Copel e, mais recentemente, a Celepar. O modus operandi é o mesmo: promessas quebradas, acordos desrespeitados e, no fim, a entrega de patrimônio público ao mercado especulativo. “O governo que deveria proteger o bem público está se comportando como um leiloeiro, disposto a entregar tudo por um preço baixo e sem pensar no futuro do Paraná”, afirma Aldeir Molin, presidente do STAEMCP.
Presidente da Sanepar precisa se posicionar: Palavras ou ações?
Desde sua chegada, o presidente da Sanepar, Wilson Bley Lipski, assegurou aos trabalhadores que a privatização não fazia parte de suas metas. Hoje, esse discurso soa vazio. O STAEMCP exige que ele venha a público esclarecer sua posição e assumir compromisso com a preservação da companhia como empresa pública.
“O silêncio do presidente será visto como traição. Ele não pode continuar jogando palavras ao vento enquanto os trabalhadores têm suas vidas viradas de cabeça para baixo por rumores e decisões de gabinete”, declara Aldeir Molin.
Uma traição a quem trabalhou e a quem votou
A privatização é um tapa na cara dos trabalhadores que confiaram no governador. Mesmo após sofrerem perdas com as mudanças no PPR e outros ataques, muitos empregados da Sanepar acreditaram nas promessas de Ratinho Junior e o reelegeram. Agora, estão sendo apunhalados por aquele em quem depositaram confiança.
“A verdade é dura, mas precisa ser dita: o governo manipulou os trabalhadores com discursos populistas e, na primeira oportunidade, mostrou que seu compromisso não é com o Paraná, mas com interesses de mercado”, denuncia Molin.
Além disso, enquanto o governo avança com planos de privatização, mais de 56 mil pessoas pagaram para participar do concurso público da Sanepar, gerando mais de R$ 5 milhões em receitas. Essas pessoas têm agora o direito de perguntar: Qual é a garantia de que haverá vagas em uma empresa privatizada?
Privatização é perda para todos: empregos, qualidade e futuro
A venda da Sanepar significará redução de empregos, precarização dos serviços e aumento de tarifas. Empresas privadas visam lucro, não qualidade, e os paranaenses pagarão a conta dessa política desastrosa.
Para o STAEMCP, a luta contra a privatização é uma causa que vai além do âmbito sindical. “Estamos falando de proteger o que é do povo paranaense. A Sanepar é patrimônio público, e não vamos permitir que seja desmontada para favorecer interesses privados. A resistência será firme e organizada”, garante Aldeir Molin.
Mobilização já: a resistência é necessária!
O STAEMCP já está mobilizando seus associados e dialogando com deputados comprometidos com os trabalhadores para barrar esse projeto de destruição. A união de todos os funcionários e a pressão popular serão essenciais para impedir mais esse retrocesso.
A privatização da Sanepar não é um destino inevitável, mas exige que todos se levantem e digam: Basta! O futuro do Paraná não está à venda, e os trabalhadores não serão silenciados diante de tamanha injustiça.