Sanepar intimida e viola direitos com chantagem do PDV

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A Sanepar tem intensificado ataques contra as entidades sindicais e suas bases, numa manobra para sabotar os direitos dos trabalhadores. A empresa está tentando empurrar um Plano de Demissão Voluntária (PDV) sem que as condições tenham sido negociadas ou aprovadas em assembleia, colocando empregados contra os sindicatos, numa tentativa de forçá-los a aceitar essa proposta, que visa somente os interesses da companhia.

O Staemcp reagiu a essa prática desleal e ajuizou uma ação de tutela inibitória contra a Sanepar. A empresa não tem o direito de pressionar os trabalhadores enquanto o plano não for exaustivamente discutido e aprovado pelos próprios empregados em assembleia.

Além disso, o sindicato está buscando reparação por danos morais individuais para cada trabalhador, em razão do assédio sofrido por parte da Sanepar, que pressiona os empregados a aceitarem o PDV sem que todos os pontos tenham sido negociados com as entidades sindicais.

O que torna a situação ainda mais revoltante é a chantagem que a empresa tem imposto: o PDV só seria concedido aos trabalhadores que desistirem de todas as ações judiciais em andamento, muitas delas de caráter coletivo, o que representa uma tentativa brutal de desmantelar o movimento sindical e enfraquecer a coletividade.

Em uma empresa com mais de 7 mil empregados, apenas cerca de 1.500 seriam elegíveis para o PDV, criando uma divisão interna onde alguns trabalhadores que veem o PDV como uma opção viável são colocados em rota de colisão com os demais, criando um clima insustentável de conflito entre colegas.

A Sanepar não apenas atropela o direito de negociação dos sindicatos, como tenta minar as próprias bases de solidariedade entre os trabalhadores. Para Aldeir Molin, presidente do Staemcp, essa ação judicial tenta garantir que “a empresa se abstenha de assediar os empregados, enquanto a proposta não for aprovada em assembleia e assinada como acordo”. Molin classificou a exigência de desistência de ações judiciais como “um absurdo, um crime contra os direitos trabalhistas, um ataque frontal ao direito de defesa e à dignidade dos trabalhadores.”

A Sanepar precisa ser responsabilizada por sua tentativa de subverter as conquistas dos trabalhadores, e o sindicato está determinado a lutar até o fim para preservar os direitos e a unidade dos empregados frente a essa campanha de assédio corporativo.

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