O Staemcp está em alerta diante dos rumores sobre a possível privatização da Sanepar. Para discutir estratégias de resistência, a entidade realizará no próximo 11 de dezembro, assembleia virtual com os trabalhadores da companhia. Na pauta, está a aprovação de um estado de greve como resposta imediata caso o governo Ratinho Jr. avance com o projeto.
As informações que circulam indicam que o governo já possui um plano pronto para privatizar a Sanepar, que pode ser apresentado à Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) a qualquer momento.
O presidente do Staemcp, Aldeir Molin, destacou os graves riscos que a privatização representa para os trabalhadores, “Privatizar a Sanepar significa condenar os trabalhadores ao desemprego e a Companhia à precarização, enquanto os serviços essenciais à população, como abastecimento de água e saneamento enfrentará queda de qualidade e aumento de tarifas, é uma perda para todos,” afirmou Molin.
Molin também destacou que a privatização coloca em risco o caráter público e estratégico da empresa, que atualmente garante acesso universal à água e ao saneamento.
“A água é um direito, não uma mercadoria. A privatização apenas beneficia grandes grupos econômicos, enquanto trabalhadores e população pagam o preço,” completou.
O Staemcp, em conjunto com os demais sindicatos que integram o Coletivo Sindical da Sanepar, já iniciou articulações políticas para pressionar deputados estaduais a rejeitarem qualquer proposta de privatização. A entidade planeja visitas aos gabinetes dos parlamentares para expor os impactos negativos da medida.
A assembleia do dia 11 de dezembro é o início de uma longa jornada, pois a possível privatização da Sanepar é um ataque direto ao patrimônio público e aos direitos trabalhistas.
Ainda segundo Molin, “estamos preparados para resistir, se o governo insistir nesse caminho, terá a maior mobilização que já viu, o Ratinho jr tem que entender que a Sanepar não está à venda”.