Caros Trabalhadores e Trabalhadoras da Sanepar,
Estamos diante de uma situação crítica que exige nossa atenção e união mais do que nunca. Após apresentarmos uma contraproposta justa e necessária para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) de 2024, recebemos apenas o silêncio ensurdecedor da administração da Sanepar.
Este desprezo flagrante não apenas pelo processo de negociação, mas também pela dedicação e esforço de cada um de nós, é inaceitável. Enquanto a Sanepar discursa sobre valorização dos funcionários e redução da disparidade salarial, suas ações — ou a falta delas — contam uma história diferente.
A persistência desse descaso sugere que a empresa talvez só reconheça o valor de seus trabalhadores diante de medidas drásticas, como greves ou manifestações públicas, ações que buscamos evitar, mas que podemos ser forçados a considerar diante do atual impasse.
A atitude da Sanepar, ao ignorar as tentativas de negociação, reflete uma postura de indiferença que contradiz a própria narrativa da companhia sobre valorização dos empregados e equidade. Frases de efeito e promessas de comprometimento soam vazias quando confrontadas com a realidade da situação, expondo uma lacuna entre o discurso e a prática.
Diante desse cenário de inércia e descaso, surge a inevitável pergunta: a Sanepar estaria deliberadamente provocando uma situação de tensão, à espera de uma greve ou manifestação para finalmente agir? A história nos mostra que algumas empresas só “funcionam no tranco”, uma abordagem não só obsoleta, mas perigosa, especialmente quando se trata de serviços essenciais como os providos pela Sanepar.
É imperativo que a companhia reconheça a seriedade das demandas apresentadas pelo Staemcp e retome as negociações com a urgência que a situação requer. Ignorar as vozes de seus empregados não apenas mina o moral e a produtividade, mas também coloca em risco a qualidade do serviço prestado à população paranaense.
O momento é de ação, não de palavras vazias. Os trabalhadores da Sanepar merecem respeito, reconhecimento e uma resposta. A empresa deve cumprir sua parte no contrato social e econômico que tem com seus empregados e com a comunidade a que serve. A paciência tem limites e, sem um avanço significativo nas negociações, a Sanepar arrisca-se a enfrentar consequências severas, impulsionadas pela justa luta dos seus trabalhadores por direitos e reconhecimento. A hora de mudar é agora.
É hora de permanecermos unidos, atentos e prontos para mobilizar-nos em defesa de nossos direitos, nossa dignidade e nosso futuro.
Não nos faltam razões para lutar, nem nos faltará coragem. O STAEMCP está ao lado de cada um de vocês, comprometido em enfrentar essa adversidade com a determinação que a situação exige. Continuaremos a pressionar por um diálogo justo, transparente e respeitoso — valores que parecem ter sido esquecidos pela administração da Sanepar.
Juntos somos fortes. Juntos venceremos. Pela valorização e respeito que merecemos!