Rombo na Fusan: $ 83,7 milhões é a conta da má gestão. Staemcp exige respostas!

A Sanepar emitiu um comunicado na tarde de ontem (25/11) informando sobre um déficit técnico “equacionado” na ordem de R$ 83,7 milhões na Fusan. O rombo milionário será pago a partir de abril de 2026, o que significa que trabalhadores, pensionistas e aposentados terão seus contracheques mordidos para tapar um buraco que não criaram.

Mas como chegamos a esse ponto? A fundação deve explicar a origem do problema.

Não basta dizer que existe um rombo. É dever moral e ético da gestão explicar detalhadamente aos seus participantes — os verdadeiros donos do patrimônio — o que causou esse desequilíbrio atuarial de proporções milionárias. Foi erro de estratégia de investimento? Foi má avaliação de riscos? Foram custos administrativos inflados? São muitas perguntas sem respostas!

O silêncio sobre as causas é um desrespeito com quem dedicou uma vida à companhia e agora vê sua segurança financeira futura ameaçada.

“Não aceitaremos pagar por incompetência alheia”

Para o sindicato, a lógica de socializar o prejuízo enquanto a gestão dos recursos permanece uma “caixa-preta” é inaceitável! O presidente do Staemcp, Aldeir Molin, subiu o tom e mandou um recado direto à diretoria da Fusan e da Sanepar.

Molin garante que o sindicato não deixará o caso passar sem uma devassa nas contas: “É revoltante e inadmissível. Mais uma vez, empurram a conta da má gestão para as costas largas do trabalhador e do aposentado. Quando o plano vai bem, ninguém vê bônus, mas quando aparece um rombo de R$ 83 milhões, a fatura chega rápido no nosso bolso?”.

Ainda segundo Molin, “o sindicato não vai aceitar isso passivamente. Nós exigimos saber exatamente o que aconteceu. Onde erraram? Quem errou? Os trabalhadores não podem ser os eternos culpados e pagadores de dízimo pela incompetência de gestores. Vamos cobrar explicações técnicas, detalhadas e, se necessário, auditoria, essa conta não foi feita por nós, e se somos obrigados a pagar, temos que saber os culpados!”

Pelo plano apresentado, do total de R$ 83,7 milhões, a Sanepar assumirá cerca de R$ 41,2 milhões. O restante — uma fatura de quase R$ 42 milhões — recairá sobre os participantes e assistidos.

O pagamento está programado para começar em abril de 2026 e se estenderá até fevereiro de 2038. Serão quase 12 anos pagando por um erro que ninguém explicou.

A Fusan tem a obrigação urgente de convocar os participantes, abrir os números e justificar cada centavo desse déficit. A era de “pague e não pergunte” acabou.

O Staemcp já avisou: vai haver cobrança, fiscalização, luta e se preciso for, judicializar para proteger o patrimônio do trabalhador.

Deixe Um Comentário