PPR 2024: Sanepar ignora esforço dos trabalhadores e penaliza com critérios desproporcionais

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O  Staemcp volta a denunciar a postura injusta da Sanepar na distribuição do PPR 2024. A empresa insiste em penalizar os empregados com índices que não refletem sua responsabilidade direta, enquanto ignora metas superadas em áreas onde o esforço dos trabalhadores foi decisivo.

ÍNDICES NÃO ATINGIDOS: UMA PENALIDADE EXCESSIVA

A Sanepar justifica a redução do PPR com base em indicadores como:

  • Índice de evasão de receitas
  • Índice de perdas por ligação por dia

No entanto, o Staemcp ressalta que tais métricas envolvem fatores estruturais e de gestão que vão além do controle dos trabalhadores. “É justo que esses índices sejam considerados, mas não deveriam ser aplicados com tanto rigor, a ponto de anular o mérito dos empregados em outras áreas”, afirma Aldeir Molin, presidente do Staemcp.

Enquanto isso, os trabalhadores bateram recordes em indicadores diretamente ligados ao seu desempenho, como:

  • Índice de conformidade padrão esgoto (120% de atingimento)
  • Cumprimento do plano de capacitação (120%)
  • Satisfação dos clientes (120%)

“Não reconhecer esses resultados é dizer, indiretamente, que os empregados não precisam se esforçar, já que mesmo com excelência em suas funções, serão punidos por falhas alheias”, critica o presidente do Staemcp.

PPR PODERIA SER MAIOR, MAS SANEPAR ESCOLHE LIMITAR RECONHECIMENTO

Apesar de um lucro líquido de R$ 1,54 bilhão, a SANEPAR distribuirá apenas R$ 17.868,20 por empregado, abaixo do potencial máximo. “Se a empresa reconhecesse de forma justa o empenho dos trabalhadores, o valor poderia ser maior”, destaca Molin.

O sindicato exige que:

  1. Sejam revistos os critérios de penalização, ponderando melhor os fatores dentro e fora do controle dos empregados.
  2. Seja dado peso maior aos indicadores onde os trabalhadores superaram as metas.
  3. Haja transparência total nos cálculos, para evitar distorções.

“A SANEPAR não pode tratar os trabalhadores como bodes expiatórios de problemas que não causaram. Queremos justiça, não esmola”, conclui Molin.

O STAEMCP alerta que, se não houver mudanças, a insatisfação poderá levar a medidas mais duras.

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