Uma reviravolta de contrastes na Sanepar ganha destaque, trazendo à tona questionamentos sobre suas escolhas de investimento, embora a Sanepar tenha anunciado recentemente seu patrocínio ao Campeonato Paranaense de Futebol, os empregados enfrentam anos de reivindicações por reajustes salariais.
Para Aldeir Molin, presidente do STAEMCP, a lógica é clara: se a empresa tem recursos para investir no esporte, não deveria ter também para atender às demandas dos funcionários. “É um paradoxo que merece atenção. Se há dinheiro para o entretenimento esportivo, por que não há para garantir salários dignos aos trabalhadores que mantêm os serviços essenciais em funcionamento? Não é justo que nossos trabalhadores tenham que mendigar para ter ganhos pífios”, questiona Molin.
A disparidade entre os investimentos em patrocínios diversos e a resistência aos reajustes salariais coloca em foco as prioridades financeiras da Sanepar. Enquanto a empresa destina recursos para promover o futebol estadual, seus funcionários enfrentam a defasagem salarial e buscam reconhecimento por sua contribuição diária.
Molin destaca que o sindicato está empenhado em representar os interesses dos trabalhadores e reforça a necessidade de um diálogo construtivo com a empresa. “Valorizamos o apoio ao esporte, mas não podemos ignorar as necessidades dos funcionários. Esperamos que a Sanepar reveja sua posição e reconheça a importância de remunerar adequadamente aqueles que são essenciais para o funcionamento da companhia”, afirma o presidente do STAEMCP.
A divulgação dessa contradição coloca a Sanepar sob os holofotes da discussão sobre responsabilidade social corporativa. A empresa enfrenta o desafio de equilibrar seu envolvimento em grandes eventos com a justa remuneração de seus empregados, uma tarefa que requer sensibilidade e consideração diante das expectativas dos trabalhadores.