Alerta e alívio no balanço Sanepar 3T25: Entenda o impacto no PPR

A divulgação do balanço da Sanepar para o 3º Trimestre de 2025 acendeu um sinal de alerta. O Lucro Líquido desabou 34,7%, caindo para R$ 246,4 milhões. Mas a análise detalhada mostra que o susto é temporário e o PPR 2025 (ainda) não está ameaçado.

O que aconteceu no 3T25? Por que o lucro caiu?

O problema não foi a falta de trabalho, mas a explosão de custos. A Receita Líquida (o que a empresa faturou) subiu 5,5% graças ao reajuste tarifário e mais clientes.

O vilão foi a linha de Custos e Despesas Operacionais, que saltou 28,4%. A Sanepar afirma que o aumento se deve a “gastos não recorrentes”, ou seja, que não devem se repetir.

Fatores que Pressionaram o Lucro (Gastos Extras) Impacto
Provisões e Desapropriação Necessidade de reservar R$ 111,5 milhões para cobrir custos judiciais futuros, como uma ação em Andirá.
Início de PPPs Gastos iniciais mais altos para tirar do papel as novas Parcerias Público-Privadas (PPPs) de esgoto.
EBITDA (Resultado Operacional) Caiu 26,8%, mas se fosse “ajustado” (sem os gastos extras), estaria em patamar normal.

O PPR de 2025 está ameaçado?

Não. A turbulência do trimestre não reflete o desempenho anual, que é o que define o PPR.

O sindicato monitora a métrica anual e a saúde da empresa:

  • Olhe o Acumulado: O Lucro Líquido nos 9 primeiros meses (9M25) registra um crescimento de +51,7%. É este resultado robusto que garante a “massa” de lucro para o PPR.
  • Saúde Financeira: A Sanepar está com a Dívida Líquida baixíssima e a Alavancagem (Dívida/EBITDA) está em apenas 0,5x. Isso demonstra total capacidade de cumprir todos os compromissos, incluindo o pagamento integral do PPR.
  • Reversão no 4T25: A expectativa é que o último trimestre do ano (4T25) apresente resultados muito mais fortes, pois a maioria dos custos pontuais do 3T25 não existirá, protegendo a meta final de lucro anual.

A forte queda trimestral é um fato contábil gerado por ajustes e reservas, mas não é um sinal de crise operacional. O crescimento acumulado (+51,7%) e a expectativa de forte recuperação no 4T25 são os fatores que blindam o PPR dos trabalhadores.

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